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Jornal Extra entrevista Rafinha Bastos

"Fazer ou não uma piada só depende da sua graça." Rafinha ao jornal Extra



Em uma recente entrevista ao jornal Extra, Rafinha mais uma vez fala o seu ponto de vista sobre suas piadas, superexposição e A Vida de Rafinha Bastos. Confira a baixo, a íntegra da matéria. 


Prestes a estrear ‘A vida de Rafinha Bastos’, humorista diz que não se ofende com nada

RIO - Com o dedo em riste, uma jovem encontrou o comediante Rafinha Bastos na rua e disparou: “Você fez uma piada ofendendo judeus”. Sem se irritar, o humorista, ele mesmo de origem judaica, explicou que não era o autor da tal anedota ofensiva.

— Virei o mártir da piada agressiva — diz ele sobre o episódio, lembrando que já encarou na porta do Comedians, bar com shows de humor do qual é sócio em São Paulo, uma manifestação de mulheres protestando contra outro comentário, este sim de sua autoria.

O protesto foi porque Rafinha disse durante uma apresentação de stand up comedy que homens que estupram mulheres feias mereceriam um abraço, em vez de cadeia. O Ministério Público de São Paulo também não encarou a história com humor: pediu a abertura de um inquérito policial contra o humorista, acusando-o de incitação e apologia ao crime. Um ano depois, ele volta ao assunto numa das cenas do primeiro episódio da série “A vida de Rafinha Bastos”, uma coprodução da Mixer com o canal FX que vai ao ar no próximo sábado, às 22h30m.

— Queria tratar esses assuntos de uma outra forma que não fosse dando entrevistas, o que acho meio patético. A melhor maneira de um comediante se expressar é fazendo comédia. A série veio da minha vontade de falar sobre esses assuntos, mas de uma maneira menos quadrada, fazendo humor — explica Rafinha.

Por “assuntos”, o comediante quer dizer as polêmicas que cresceram junto com a sua popularidade, enquanto ele ocupava a bancada do “CQC”, e culminaram em sua saída do programa da Band. Agora, a nova atração, uma versão fictícia e caricatural do cotidiano de Rafinha, mostrará encontros com seu advogado e um promotor de Justiça, além da preocupação de sua mulher, Junia (Camila Raffanti), com a rejeição do público. Mesmo dizendo acreditar que não há limite para o humor, ele confessa que tem sido mais cauteloso:

— Sei que, às vezes, pego pesado, mas a repercussão em cima do que eu digo não me faz titubear. A sociedade não dominou a fera, mas, neste momento, tenho de tomar um certo cuidado. Não sou mais o inconsequente em frente às câmeras. Ainda assim, devo respeitar meus instintos como comediante. Fazer ou não uma piada só depende da sua graça.
Enquanto busca o equilíbrio entre preservar seus impulsos como humorista e ter a cautela necessária para evitar turbulências, Rafinha diz ter aprendido a lidar com a superexposição na mídia.

— Minha questão foi compreender o processo. Entendo e respeito, o que não quer dizer que vou mudar minha maneira de ser e agir diante da máquina. Temos opções de exposição. Dá para ser uma pessoa superexposta preservando algumas coisas. Meu filho e minha mulher não precisam viver do jeito que eu vivo e isso foi uma escolha consciente — explica.

O humorista garante que nada o ofende. À frente também de “Saturday night live”, que estreou no último dia 27 como a grande aposta da RedeTV! para suas noites de domingo, ele não perde a piada nem quando se trata do fraca audiência do programa. No Twitter, Rafinha postou: “O ‘Fala que eu te escuto’ de hoje vai fazer um programa em minha homenagem. Vai se chamar ‘Fala que PELO MENOS eu te escuto’. Hehehe! #08noIbope”.

— Nada pode me ofender pessoalmente. Sou o primeiro a aceitar a piada. Tem muito comediante mal-humorado. É uma das coisas mais perdedoras do mundo — avisa.

Matéria: Márcia Abos
Fonte: Extra

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