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Divirta-se entrevista Rafinha Bastos

Em entrevista ao caderno do Estadão, Rafinha faz um breve resumo de sua trajetória no stand-up




Quando falamos de Rafinha Bastos, stand-up é nosso assunto preferido. E na capa do Divirta-se -- caderno do Estadão -- desta sexta (09), eles mapearam o cenário da comédia paulistana, e claro, não deixaram de entrevistar Rafinha Bastos. Leia a íntegra abaixo:


Sempre rir: Rafinha Bastos


Quando começou o Clube da Comédia?
Começamos a fazer um show em 2004. Eu, Marcelo Mansfield e Marcela leal. Chamava ‘Mondo Cane’. Era em um bar que chamava ‘Excess’, no Itam… e era tipo uma casa sadomasoquista (risos). Foi a nossa primeira experiência de stand-up.

E, desde o começo, era você, o Mansfield e a Marcela?
É, eu já era amigo do Marcelo, e ele queria estrear um show de stand-up comedy. E isso era uma coisa que eu já conhecia, porque tinha morado nos Estados Unidos. E eu queria muito fazer. O Marcelo sabia desse meu interesse e me convidou para participar da estreia. Eu fui na primeira apresentação, na segunda, e fui ficando. A Marcela entrou umas duas semanas depois.

E essa apresentação foi virando o Clube da Comédia?
É, aí evoluiu para o Clube da Comédia, em 2005. Tinha o Márcio Ribeiro e o Oscar Filho também. No começo, fazíamos no bar Beverly Hills. O Robson Nunes é o dono do bar, considerado o primeiro ‘Comedy Club’ do Brasil. Mas ele foi virando um bar de comédia com o tempo, ao contrário do Comedians, que já nasceu especificamente pra isso. Ficamos em cartaz lá um tempo e depois começamos a buscar outros lugares.

Como funcionava a criação de textos?
Nós ainda estávamos criando nosso material. Tínhamos dez minutos de apresentação. A gente tinha o objetivo de criar pelo menos 15 minutos a cada mês. Porque eram quatro apresentações por mês, na verdade; na época, era uma vez por semana só.

Como vocês tiveram a ideia de abrir o Comedians, que é um bar específico para shows de stand-up?
Nós abrimos o Comedians há dois anos: eu, Danilo (Gentili) e mais um sócio, o Italo Gusso, que tem uma produtora. Eu já tinha oferecido montar um clube de comédia com as pessoas do Clube da Comédia. Eu queria muito fazer um bar. E eu mesmo achava que a gente precisava de um lugar, porque sempre foi complicado a nossa busca por um espaço para fazer o show. Então, eu achava que a gente precisava de um lugar para fazer isso.

E você e o Danilo resolveram se juntar para abrir o negócio…
É, eu soube que o Danilo começou a ter a ideia de montar um negócio também. Ele sabia da minha vontade de fazer, e ele veio falar comigo. Aí começamos a pesquisar, a ver como faríamos… e deu certo.

A programação do Comedians tem alguns humoristas novos, mas sempre bons. Como é feita a seleção de comediantes?
Tem uma pessoa lá dentro que faz isso. Antes, eu me envolvia mais nesse processo, mas hoje já nem mexo mais nisso. Hoje em dia, o bar anda com as próprias pernas. Mas tem uma pessoa lá que recebe material… e aí dá a chance para alguns, tipo um ‘open mic’ (microfone aberto): a pessoa se apresenta por cinco minutos e a gente vê como o público reage. Por enquanto, não tem uma noite só para isso, mas agora parece que vai ter.

E o Comedians é um lugar que traz apresentação de stand-up em vários dias da semana… foge um pouco daquele horário de sexta e sábado, né?
É. Hoje, existe um circuito; todo sábado tem show de humor. E tem muito aquela coisa de ter show à meia noite, que foi uma coisa que o Mansfield criou comigo. Porque quando eu queria fazer meu solo de stand-up comedy, eu não tinha teatro, porque ninguém sabia quem eu era. E eu falava para os caras que eu lotaria o teatro, que eu tinha meus vídeos no YouTube, que eu estava no Clube da Comédia. Mas eles não me conheciam. E aí eu consegui uma pauta à meia noite. E a ideia do Mansfield começou com meu show, essa coisa do horário.

O Marcelo Mansfield foi muito importante para o começo da carreira de vocês, certo?
Nossa, ele é uma das pessoas mais importantes desse processo aí. É esse cara chamado Marcelo Mansfield. Ele é um cara muito legal, é meu irmãozão mais velho.

Ele que deu o início a tudo?
Sim. Começamos na verdade, eu, ele e a Marcela. Nós três. A gente começou a fazer; aí logo depois, surgiram os outros caras, o Danilo, o Oscar… mas a gente começou muito para ninguém. Eram shows para oito pessoas, ou doze… a gente cancelava sessões porque não tinha público. Foi um processo de pesquisa muito longo, muito devagar. Porque a gente ainda não era muito bom no que fazia, a gente foi aprendendo a fazer mesmo.

Você tem estado um pouco longe do teatro por causa dos seus projetos na televisão. Está pensando em voltar para o palco?
Talvez ano que vem. É que eu criei um segundo solo, mas fiz poucos shows com ele. Sei lá, acho que fiz cinco ou seis apresentações, e parei de fazer shows por causa dos projetos na televisão. Talvez eu volte a fazer.

E seu novo programa, ‘A Vida de Rafinha Bastos’? Quando estreia?
Deve estrear em março, mas ainda não sei em qual canal; não sei se vai ser na FOX ou no FX.

Matéria de: Luiza Wolf
Fonte: Divirta-se


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