Ele revelou ao E+ os porquês da saída da Rede TV e confirmou que foi sondado pela Band
Neste domingo (28), saiu no site E+ uma entrevista com Rafinha Bastos que aborda de A a Z sua saída do SNL. E ainda a confirmação dos rumores sobre negociações com a Band. Leia:
Você demorou para decidir que sairia da RedeTV!?
Não demorei. O programa tinha uma temporada de 26 episódios e minha ideia sempre foi fazer a implementação do formato. Nunca foi para ser o programa do Rafinha. O projeto sofreu muito, talvez por essa superexposição que eu estava naquele momento. É um programa com fragilidades, com esquetes cômicos que não têm os apegos dos outros programas de humor.
Ainda precisa ir à emissora?
Fui contratado em fevereiro. Mas o contrato não previa a temporada. Foi falado desde o começo que a gente poderia renegociar a data. Não foi uma surpresa em que virei e falei 'Não aguento mais, gente'. Praticamente terminei minhas obrigações com eles. Em termos contratuais, vou até o final do mês. Mas tenho participado das reuniões de roteiro. Eu dirigi muito o programa no começo, depois fui largando a mão. O programa vai se renovar, provavelmente uma nova temporada de 26 episódios. Eu não poderia ter tido uma saída mais tranquila.
Você rescindiu o contrato?
O contrato era de um ano, é o padrão na TV. Não temos a cultura de fechar por temporadas no Brasil. Eu não entrei dizendo que ficaria um ano. A ideia era colocar o programa para andar. Era importante estar num projeto de um nome forte como o Saturday Night Live, se eu vier a ter pretensões fora do País. Agora, vou focar na minha série (no canal FX) e nos meus projetos. Apesar de fazer esquetes, não sou um cara de esquete cômica. Talvez isso tenha atrapalhado. Uma das questões foi a minha inexperiência. Eu fui aprendendo na marra.
É verdade que você abandonou o SNL e não ia à emissora?
Fazia quase três meses que eu não estava participando do dia a dia de gravação. Meu foco eram os roteiros e as piadas. Não tinha mais como acompanhar a execução porque me dividi com outros projetos, como a minha série. Não tem a ver com isso. Não teve nada fora do combinado. A saída foi tranquila. A Mônica Pimentel, superintendente artística, sempre me deu liberdade.
O que atrapalhou?
Ter estreado no domingo foi um erro estratégico. Eu achei que, na inocência, poderia convencê-los de que seria uma má ideia fazer no domingo. Demorei três meses para conseguir uma reprise no sábado e aí convencê-los. Semana passada, o programa teve 2 pontos de média. Parece uma coisa ruim, mas ninguém sabe o que é a RedeTV!. A gente nasceu com a cobrança de audiência do Pânico. Foi também um pouco de mau planejamento meu. Programa de esquete ao vivo não funciona no Brasil.
A infraestrutura também foi um problema?
Nos EUA, é quase tudo ao vivo. Era o que a gente queria e fez no começo. A RedeTV! fez de tudo para tentar entregar o que a gente precisava, mas ainda é uma emissora pequena, que tem os seus problemas, apesar da vontade de produzir. Eu fiquei surpreso com o que eles conseguiram, achei que a gente ia sofrer mais.
E o horário do programa?
Quando o programa vai ao ar no sábado, à 0h30, a TV está com um share de 32% (de TVs ligadas). É um horário muito ruim. O programa do Marcelo Carvalho (apresentador do Mega Senha) não precisava ter duas horas. Mas é uma negociação difícil. Ele é dono da emissora e o programa dele é a maior audiência da casa. Ele dá a decisão final. Eu entendi.
O que foi alterado no SNL?
A gente foi se dando conta de que, quanto mais enxuto, mais rendia. A gente foi cortando a banda, o monólogo, foi limpando. Isso começou a dar um resultado legalzinho. No começo, a ideia era fazer o Saturday Night Live. Hoje já não é mais. A gente foi fazer um programa que era saturday, mas era no domingo. Não era mais ao vivo. Talvez tenho sido errado carregar o nome em inglês.
Houve atraso nos salários?
A RedeTV! tem problemas administrativos, sim. O atraso de pagamentos acontece, não é ficção. Até duas semanas atrás, meu elenco todo estava com o salário em dia. Eles dividem em parcelas, pagam mais na outra. Não vou ficar falando mal da emissora, como não falei da Band. Ambas as casas foram legais comigo.
Há mesmo interesse da Band em ter você de volta? Voltaria?
Olha a quantidade de gente que briga com a emissora em volta. A minha ruptura foi tranquila. Gosto muito da casa. Só precisaria ver que termos são esses de volta. Não tenho nada de orgulho ferido. Nunca me chamaram para conversar. Houve uma sondagem a respeito de A Liga. Até agora isso não aconteceu, nem sei se vai acontecer.
Você foi criticado em excesso?
Não sei se foi gratuito. Qual é o propósito de falar bem do Rafinha? Quando tem polêmica do Rafinha dá clique. O fato de eu ser o cara mais influente no Twitter também me traz algo negativo. Se o que eu falo é tirado de contexto, qualquer piada que o faço. Ou eu sumo ou me habituo. Não posso ficar me fazendo de vítima. É um jogo. Sumir não é uma opção e não é pela grana. Sei que tenho público. Enquanto tiver gente que gosta do que faço, não tenho motivo para me esconder. Eu sou comediante, o que me dá licença poética para dizer que é tudo brincadeira.
O processo que a Wanessa moveu contra você foi encerrado?
Está rolando ainda. Isso demora. Eu sou comediante, não vou me desculpar publicamente por causa de uma piada. Na minha série isso vai aparecer. Não sei se vai ser essa história especificamente. Não quero ficar vivendo da piada a vida inteira.
1 comentários:
Noooossa arrazou na entrevista em Rafinha gostei de todas as colocações, até a última pergunta pelo amor de Deus minha gente esqueçe essa Wanessa esse processo... isso ja rendeu o que tinha que render fa foi...
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